sábado, 28 de abril de 2012

Receita de D. Maria Jiló

Dizem que foi dada por D. Maria Jiló!!! Então guarde a receita, pois é maravilhosa! Dona “Maria Jiló” é uma senhora de 92 anos, miúda e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão. E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução. Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda abriu um lindo sorriso quando cheguei ao seu encontro, para lhe dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela. Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Ah, eu adoro essas cortinas… - Dona “Maria Jiló”, a senhora ainda nem viu seu quarto… Espera um pouco… - Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada… Vai depender de como eu preparo minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem.. Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem. - Simples assim? - Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e todos podem aprender, e exigiu de mim um certo ‘treino’ pelos anos afora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em conseqüência, os sentimentos. Calmamente ela continuou: - Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidade na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica. Depois me pediu para anotar: COMO MANTER-SE JOVEM 1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso. 2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos que só vive reclamando!) 3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. ‘Uma mente preguiçosa é a oficina do Alemão.’ E o nome do Alemão é Alzheimer! 4. Aprecie mais as pequenas coisas – Aprecie mais. 5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela! 6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo. 7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio. Não o descarte.. 8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhora-la , procure ajuda. 9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa. 10. Diga às pessoas que as ama e que ama a cada oportunidade de estar com elas. E, se não mandar isto a pelo menos quatro pessoas – quem é que se importa? Serão apenas menos quatro pessoas que deixarão de sorrir ao ver uma mensagem sua. “O Bem não vira notícia, mas é o que permanece para sempre..." Enviado pela amiga Profª Cristina Carvalho. Bom feriado a todos... e que Deus os abençoe ...

terça-feira, 24 de abril de 2012

O anel

Um aluno chegou a seu professor com um problema: -Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse: - Sinto muito meu jovem, mas agora não posso ajudá-lo, devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa falou: - Se você me ajudar, eu posso resolver meu problema com mais rapidez e depois talvez possa ajudar você a resolver o seu. - C...Claro, professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez desvalorizado. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse: - Monte no cavalo e vá até o mercado. Deve vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenha pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível. O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas. Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado e abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber sua ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse: - Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu.Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel. - Importante o que me disse meu jovem, contestou sorridente. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel. O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse: - Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel. - 58 MOEDAS DE OURO! Exclamou o jovem. - Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente... O jovem correu emocionado a casa do professor para contar o que ocorreu. - Senta, disse o professor e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou disse: - Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. Só pode ser avaliada por um especialista. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor? E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. - Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Repense o seu valor!

terça-feira, 10 de abril de 2012

A Metáfora das Pedras

Quem somos nós, pedras: de onde viemos?
Que fazemos aqui? Para onde vamos?
Somos raios de luz petrificados,
pedaços de estelares energias,
partículas viandante do Universo.
Somos mais do que mostramos na aparência.
Somos o ontem, o hoje e o amanhã.
Somos a parte e o todo misturados,
desde sempre existentes no Mistério.
Ao mesmo tempo simples e complexas,
ao mesmo tempo livres e escravas
das forças naturais que nos forjaram,
somos mais do que pedras, somos símbolos dos seres do Universo, multiformes.
Já frágeis se isoladas, se distantes,
se juntas somos fortes - alicerces,
paredes, monumentos, catedrais, estátuas, mausoléus, armas, adornos - depende da intenção que nos dirige.
Iguais só na ilusão do nome - "pedras" somos únicas, todas diferentes: qual na forma ou tamanho, qual na cor, qual na lisa ou rugosa superfície, qual no peso ou no brilho, qual nas manchas, desenhos, saliências, reentrâncias...
Ninguém que nos pesquise saberá a nossa história reconstituir; no máximo que diga faltará menção de essências, fontes, e raízes ocultas nos arcanos do infinito
- presenças invisíveis de águas, nuvens, estrelas, meteoros, folhas, ventos, areias, bichos, flores, líquens, musgos - que tudo que nos toca nos conforma, em nós se entranha e de algum modo existe.
Do Tempo somos rostos desiguais:
instantes sem limites conhecidos,
metáfora do todo - tudo e nada.
Deodato Rivera